Tempo

Silencio

Meus pensamentos te buscam meu SENHOR
O tempo se congela
E as lembranças de ti alimentam minha alma.
A saudade
Toma conta de mim.
As estrelas me enfeitiçam
Como o encanto de seu olhar.
Tento ser forte
Suportando a saudade
E segurando as lágrimas,
Mas é inútil
Pois a noite é amiga da saudade
E unidas elas me vencem
E me faz render-se.
A saudade me prende
E as lágrimas me desobedecem,
Nada me faz esquecer
Nem passatempos me distraem
Cada gesto,
Cada olhar,
Está o Senhor...
Minha alma esta unida a sua
Pois já busquei mil maneiras
De lidar com a saudade
Mas ela sempre me vence...
É mais forte que meus instintos
É maior que meus limites
É uma
Incombatível Saudade.
És meu mar...

Minha submisssão a ti é profunda como o mar.
Como a onda na areia teima em voltar,
Assim o minha submissão a cada dia irá se renovar
Minha submissão é como a linha do horizonte,
Que une céu e mar sem a terra desprezar.
Horizonte que se pode ver da beira-mar,
Tentando o futuro imaginar
Sei que o mar não cansa de agitar,
Que a praia está sempre disposta a onda receber.
Assim como meus olhos sempre querem te ver.
És meu mar e minha onda,
Minha praia o meu verão,
Meu sol de cada estação,
O amor do meu coração.
Momentos

Há momentos em que as palavras perdem completamente o significado e por mais que eu queira dar-lhes alguma vida, não consigo vesti-las da clareza necessária. Por conta disso, elas ficam ocas. Curtas e vazias. Nascem pequenas e reduzidas à simples manchas em paginas brancas que eu teimo em rabiscar para apagar em seguida, deixando-as amontoadas no meu coração angustiado que ampara as minhas sensações nesse momento. Escrevo, leio e releio, tentando encontrar uma palavra simples para traduzir esses sentimentos: não encontro. Então penso que não deveria ser tão difícil transcrever o que o coração nos diz, a cada batimento. Mas é! A alma da gente parece presa, suspensa numa sensação exata do instante em que se fez essa agonia. O silêncio ecoa nas pontas dos dedos e as páginas vão sendo tingidas de uma ausência sentida e muito dolorida. Nada pode traduzir o que vai pela alma quando tentamos procurar uma rima para “sorriso”, “carinho”, “saudade” ou qualquer outra expressão que grite pelo que nos é importante. E é essa importância que não me permite desistir de contar meus sentimentos nas palavras que rabisco, tendo elas qualidade ou não, afinal, conheço o amor, confio na vida e não vou desacreditar, assim como não vou abrir mão de esperar pelo momento em que um sonho vier de novo iluminar a noite sobre mim, acendendo cada estrela para que eu volte a contá-las num “bem-me-quer” interminável fazendo com que minhas palavras borbulhem para fora do meu peito atropelando todo e qualquer vestígio de tristeza deixando fluir a minha fé no amor, cantando e contando poesias. E aí sim, eu terei de volta as sílabas que irão construir cada gesto e cada olhar dessa minha história, porque acredito acima de todas as coisas, que o coração e o papel agem de maneira sublime, quando cúmplices: um sente e dita todas as regras enquanto o outro, submisso e encantado, permite-se escrever...
Mais um dia feliz
